A cada dia vem à tona mais indícios de corrupção no governo de Jair Bolsonaro.
Desta vez gravações inéditas divulgadas pelo Portal UOL apontaram o envolvimento direto do presidente no esquema ilegal de entrega de salários de assessores na época em que ele exerceu seguidos mandatos de deputado federal (entre os anos de 1991 e 2018).
As gravações revelam o que era dito no círculo familiar do presidente e indicam que Jair Bolsonaro participava diretamente da “rachadinha”: nome popular para uma prática que configura o crime de peculato (mau uso de dinheiro público).
Uma delas mostra que um parente que não quis devolver o valor combinado do salário foi retirado do esquema. A fisiculturista Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente, afirma que Bolsonaro demitiu o irmão dela porque ele se recusou a devolver a maior parte do salário como assessor.
"O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: 'Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo'.
A série de reportagens indica que Bolsonaro não só praticava a rachadinha, como também participava diretamente do esquema de recolher parte dos salários de seus funcionários.
A situação de Bolsonaro, que já carrega nas costas as mais de 500 mil mortes de brasileiros por Covid por sua ineficiência e omissão na conduta da pandemia, é cada vez mais insustentável.
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